Representantes do Instituto em evento na Câmara Municipal Marituba para debater sobre o combate a Hanseníase.

Em Ato Público ocorrido na manhã de 29 de janeiro, autoridades municipais e representantes do Instituto Pobres Servos da Divina Providência, nas figuras de Padre Adelmo Cagliari (Ecônomo da Delegação) e Padre João Pilotti (Diretor Operacional do CESM), fizeram-se presentes em evento na Câmara Municipal Marituba para debater sobre o combate a Hanseníase. Realizado na Câmara de Vereadores do município, o ato público ocorreu para marcar o Janeiro Roxo - mês dedicado à luta contra a hanseníase em todo o Brasil.

Marituba apresenta um histórico da doença que foi instalada em 1942, no seculo XX, quando foi fundada uma colônia com o objetivo de segregar e isolar cidadãos portadores da hanseníase do convívio social. Sabe-se, ainda que estas pessoas eram estigmatizadas e encontravam muitas restrições pelo medo que as outras pessoas tinham do contágio, sendo que até os dias atuais muitos cidadãos ainda não estão totalmente esclarecidos sobre a doença, que na época era chamada de lepra. Durante o ato, o presidente do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Edmilson Picanço, recordou dados históricos e lamentou que "durante muito tempo, o confinamento foi a solução encontrada para separar os portadores de hanseníase do resto da sociedade". A prefeita da cidade, Patrícia Mendes, também esteve no local e mencionou a história da hanseníase no município pedindo a todos compromisso com a causa. Diego Rodrigues, médico e secretário de Saúde, recebeu do Morhan a carta aberta que clamava por mais políticas públicas de controle e, também, de reabilitação para os portadores de hanseníase. 

Vale lembrar que os Pobres Servos deram uma grande contribuição ao município de Marituba, com a chegada dos primeiros religiosos em 1991, época em que Dom Aristides Pirôvano (Capelão da Colônia) e Dr. Marcello Cândia estavam idealizando a construção de um Hospital para que os portadores de hanseníase tivessem uma assistência digna.

Destaca-se que o Janeiro Roxo foi oficializado, em 2016, pelo Ministério da Saúde, como o mês dedicado a conscientizar a população geral, por meio de  campanhas educativas, sobre a doença, que também ganhou a cor roxa como cor oficial.